Pesquisa da FecomercioSP e da Rede Nossa São Paulo, elaborada a partir de entrevistas realizadas entre 30 de novembro e 18 de dezembro de 2015, revelou que a saúde é o fator mais importante para a qualidade de vida dos paulistanos (62% dos 1.512 entrevistados atribuíram nota 9 ou 10, em uma escala que vai de 1 a 10, ao item saúde);
 
A importância dada pelos paulistanos ao tema reflete-se nos indicadores econômicos do setor, um dos únicos que ainda crescem em faturamento e geram empregos na capital paulista mesmo diante da maior crise econômica desde a década de 30;
 
Segundo dados da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS) da FecomercioSP, em 12 meses até março de 2016, enquanto o faturamento real do setor de serviços paulistano recuou 3%, os serviços de saúde da capital viram sua receita crescer em 8,6%;
 
Com o crescimento do faturamento dos serviços de saúde, cresce também a receita com a venda de medicamentos: segundo dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) da FecomercioSP, enquanto o faturamento do varejo da capital amarga uma queda de 3,5% em 12 meses até março, a receita real das farmácias cresceu 5,3% no mesmo período.
 
Variação do faturamento real (acum. 12 meses até mar/16)

 
PREÇOS
Por causa de dólar mais caro e demais pressões de custo, os preços de serviços de saúde e produtos farmacêuticos cresceram, em média, acima da inflação do período na Região Metropolitana de São Paulo (9,85%, segundo o Custo de Vida por Classe Social da FecomercioSP): os preços dos produtos farmacêuticos subiram, em média, 12,17% em um ano; nos serviços de saúde, a alta foi de 12,32%;
 
Por se tratarem de bens e serviços de primeira necessidade, e considerados de suma importância para a qualidade de vida pelos paulistanos, a alta dos preços não conseguiu inibir a demanda na mesma proporção, de forma que se observa um crescimento do faturamento das farmácias e dos serviços de saúde mesmo diante de preços mais altos;
 
Ou seja, diante da crise econômica, o paulistano cortou gastos em outros itens e apertou o orçamento, mas manteve a saúde sempre em primeiro plano;
 
Variação de preços de mai/15 a abr/16
 
Produtos farmacêuticos: 12,17%
Psicotrópico e anorexígeno: 15,62%
Anti-infeccioso e antibiótico: 13,99%
Anti-inflamatório e antirreumático: 13,79%
Hipotensor e hipocolesterolêmico: 13,18%
Vitamina e fortificante: 12,60%
Hormônio: 12,22%
Gastroprotetor: 11,01%
Oftalmológico: 10,81%
Analgésico e antitérmico: 10,21%
Antialérgico e broncodilatador: 10,03%
Dermatológico: 7,37%
Antigripal e antitussígeno: 6,94%
Serviços de saúde e cuidados pessoais: 12,32%
Hospitalização e cirurgia: 14,89%
Plano de saúde: 13,49%
Dentista: 7,85%
Psicólogo: 7,15%
Médico: 3,58%
Exame de imagem: 0,73%
Fisioterapeuta: 0,11%
 
O peso dos gastos em saúde no orçamento cresce com a renda: é de 11,6% na classe E e de 14,4% na classe A, segundo dados do Custo de Vida por Classe Social (CVCS) da FecomercioSP.

 
MERCADO DE TRABALHO
Com o crescimento do faturamento, o setor de saúde vem sendo um dos poucos a ainda gerar vagas de emprego na capital, a despeito da crise (notícia boa para quem está procurando uma oportunidade no setor):
 
Nos serviços médicos, odontológicos e sociais, foram criadas 1.902 vagas formais de trabalho na capital em um ano (no setor de serviços como um todo, foram eliminadas 63.133);
 
Enquanto o varejo da cidade de São Paulo como um todo eliminou 19.453 postos de trabalho em um ano, as farmácias e perfumarias criaram 1.653 novas vagas no período.
 
Criação/Eliminação de postos de trabalho entre abr/15 e mar/16

Variação do número de trabalhadores formais (mar/16 x mar/15)