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4 de setembro de 2017

Natura e Whirlpool traçam cenário


Jornalista: Tatiane Bortolozi

09/08/2017 – Whirlpool e Natura, duas das maiores fabricantes de bens de consumo do país, traçam um cenário de lenta recuperação da economia, que deve voltar a crescer a partir de 2019.

Nos últimos dois anos, a economia brasileira acumulou retração de 7,2%, a mais grave da série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 1948.

Para João Carlos Brega, presidente da Whirlpool, dona das marcas Brastemp e Consul e líder no mercado de linha branca, a expectativa é de estagnação até o segundo semestre de 2018. “A economia tocou o chão e vai andar de lado. [O cenário]
parou de piorar, mas não vemos melhora até 2019.”
A retomada nunca foi tão lenta, se comparada a crises anteriores, mas pode trazer caminhos que fortaleçam os negócios, diz Luiz Antonio Seabra, sócio-fundador da Natura. “Apesar desta crise se mostrar mais longa que as anteriores, acredito que sua cura será duradoura. Acredito que vamos dizer, em 10 ou 15 anos, como ela nos ensinou um novo caminho”, disse.
A Natura caminha para concluir a compra da varejista britânica The Body Shop, por € 1 bilhão, levando seu negócio para 66 países. Antes da aquisição, a operação internacional estava restrita principalmente à América Latina.
“Tínhamos como um desafio muito grande a internacionalização, porque tivemos ao longo do tempo a clareza de que nossas crenças encontrariam uma acolhida internacional muito boa, mas não tínhamos encontrado uma fórmula para fazer isso”, disse Seabra. Inicialmente, a Natura foi cética sobre a compra, pois apesar da admiração pelos princípios da fundadora da Body Shop, Anita Roddick, a marca já não tinha a mesma presença e nem evocava o mesmo ativismo que a notabilizou nos primeiros anos. Porém, a forte presença internacional e a força da marca provaram que valia a pena, disse.
No planejamento de 2014, a Whirlpool já previa um cenário de recessão nos anos de 2015 e 2016, com estabilidade em 2017 e 2018. Por isso, reduziu em 20% seu número de funcionários, para enfrentar um mercado menor. De 22 mil trabalhadores em 2013, hoje são 18 mil funcionários. O mercado de linha branca caiu 10% em 2016, mas a empresa teve recuo menor do que 10%, ganhando mercado. Apesar disso, a fatia no bolo ficou menor e o Brasil perdeu relevância na operação global.
Seabra, sócio-fundador da Natura, diz que a falta de ética penaliza o país e mina o entusiasmo do empresariado. “A melhor fórmula para enfrentar a crise é o otimismo, apesar de tudo; a esperança, apesar de tudo; e o bom humor, apesar de tudo. Isso pode parecer redutor, mas acho que é fundamental. Ao longo de crises anteriores, sempre sentimos que o que nos ameaçava também nos tornava mais fortes.”
Para a Natura, o entusiasmo voltou com a aquisição da Body Shop, que solucionou o desafio da internacionalização. Seabra e Brega participaram ontem de evento promovido pela revista “Exame”.
Na semana passada, o presidente da Avianca, Frederico Pedreira, ressaltou em entrevista ao Valor que a demanda no setor aéreo segue tímida e sem sinais de retomada. A empresa tirou de seu cenário a recuperação da demanda doméstica neste ano e não espera uma melhora clara antes do fim do primeiro semestre de 2018. Como compensação, está ampliando as rotas internacionais.
Em contraponto, a RaiaDrogasil sente suavemente os reflexos da recessão, disse ontem o presidente Marcilio Pousada. De 2013 a 2016, a receita da companhia cresceu 83% em reais, acompanhado de valorização das ações em bolsa. Com 30 mil funcionários, a empresa considera que a preocupação em atrair, desenvolver e reter pessoas é um dos principais segredos do negócio.

 

 

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