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1 de agosto de 2018

Com mais bandeiras e canais de venda, Boticário cresce no semestre ( Valor Econômico )


Jornalista: Alexandre Melo

31/07/18 – O Grupo Boticário encerrou o primeiro semestre com aumento nominal entre 5,5% e 6% nas vendas – resultado abaixo do esperado pelo comando da maior vendedora de perfumes do país. A meta para o ano é manter o ritmo de crescimento de 7,5%, verificado em 2017, quando as vendas chegaram a R$ 12,3 bilhões.

“A greve dos caminhoneiros e o mau humor do consumidor atrapalharam um pouco, mas esperamos melhorar no quarto trimestre”, disse ao Valor o presidente da companhia, Artur Grynbaum. As vendas atreladas ao Dia dos Namorados, em 12 de junho, foram impactadas pela greve dos caminhoneiros. O movimento melhorou em julho, exceto nos dias em que o Brasil jogou na Copa do Mundo.

Grynbaum vê o cenário para as eleições deste ano indefinido e isso também não anima o consumidor a gastar. Ele faz uma crítica: “Os candidatos estão mais preocupados com questões individuais, sendo que é necessário dar atenção para questões mais importantes como as reformas da previdência, tributária e política”.

Mas, mesmo em momentos difíceis da economia e da política, o grupo tem conseguido crescer. Foi importante lançar marcas e abrir outros canais de venda. Nos últimos sete anos, foram criadas as bandeiras Eudora, Quem disse, Berenice? e The Beauty Box. As vendas do principal negócio do grupo – a rede de lojas O Boticário, com 3.760 unidades – cresceram 1%, de janeiro a maio deste ano, em relação a igual período de 2017. A Eudora, de vendas diretas, teve expansão de 40% no mesmo período. A Vult Cosmética, empresa brasileira comprada em março e voltada a supermercados e farmácias, ajuda a ampliar o fôlego.

O vice-presidente corporativo do Grupo Boticário, Fernando Modé, disse que as decisões tomadas nos últimos anos ajudaram a companhia a ganhar musculatura. Ajustando variáveis como prazo de pagamento aos fornecedores, recebimento dos clientes e estoque foi possível economizar R$ 800 milhões em três anos, valor suficiente para pagar parte da aquisição da Vult e não elevar o endividamento.

“Nossa dívida soma R$ 2 bilhões e quase não sofreu alteração, sendo que 70% dos vencimentos são no longo prazo”, afirmou. A alavancagem, medida pela relação entre a dívida líquida e o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) oscila entre 1,2 e 1,4 vez. Modé contou que essa estrutura financeira é importante diante de dados macroeconômicos contraditórios e da expansão das vendas aquém do esperado.

Maior aquisição do grupo nos últimos anos, a Vult faturou R$ 354 milhões em 2017, segundo a Euromonitor International. A empresa é a quarta maior unidade de negócios do grupo, atrás de O Boticário, Eudora, Quem disse, Berenice?. Fica à frente da The Beauty Box, rede de lojas de cosméticos importados. Segundo Modé, a meta é dobrar a receita da Vult nos próximos três anos. O plano é adotar um modelo híbrido para a produção, com parte dela terceirizada.

Grynbaum observa que devido ao porte do grupo, oportunidades de fusão e aquisição são avaliadas no país e no exterior. As conversas com a Vult, por exemplo, começaram em 2016. No ano seguinte, o Boticário chegou a analisar a The Body Shop, adquirida pela rival Natura. “Não prosseguimos porque não era oportuno naquele momento”, disse o presidente.

Neste ano, a companhia avança na expansão internacional com a marca O Boticário. Abrirá neste semestre unidades em Dubai e na Bolívia, terra natal do fundador Miguel Krigsner. O plano inicial é ter duas lojas na Bolívia e cinco lojas no Oriente Médio, com franqueados. Essas lojas no exterior seguirão o novo modelo da marca no Brasil, inspirado na botica que deu origem à marca há 41 anos.

A expectativa é que 190 lojas no Brasil estejam nesse formato, com a icônica ânfora na fachada, até o fim deste ano, informou Grynbaum. Na loja, os clientes poderão experimentar os produtos e conhecer sua história.

Pela América Latina, o grupo avança em mercados em que a Natura já se estabeleceu como Bolívia e Colômbia. No fim de 2017, a Natura somava 589 mil revendedoras distribuídas por Argentina, Chile, Peru, México.

Em Portugal, onde o grupo está desde 1986, há 55 lojas de O Boticário, um canal de venda direta e um site que abastece a Europa. A bandeira Quem disse, Berenice? possui sete unidades. O grupo vende seus produtos em 15 países.

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