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17 de julho de 2017

Precisamos de incentivos para prevenir a corrupção e não apenas punir os corruptos, defende presidente do King’s Brazil Institute


Em entrevista ao UM BRASIL, Anthony Pereira reflete sobre a participação da sociedade civil na política

É importante tentar substituir o sistema atual por um novo, que dê incentivos para prevenir a corrupção e não apenas para punir os corruptos depois que os recursos já foram desviados, defende o cientista político e presidente do King’s Brazil Institute, Anthony Pereira, em entrevista ao UM BRASIL. “Um passo importante, além da Lava Jato, é uma reforma nos sistemas partidário e eleitoral, para incentivar os candidatos a fazerem uma campanha mais honesta. Não é suficiente condenar ética e moralmente”, completa.

Sobre o legado da operação Lava Lato, ele afirma que é cedo para tirar conclusões. Para o cientista político, todos gostariam que as instituições do Estado democrático de direito prevalecessem, mas isso também depende da reação da sociedade civil. “Se o povo fica passivo e não reage nas urnas, discriminando o político corrupto, as práticas podem se repetir”, diz.

Segundo Anthony Pereira, o atual sistema político do Brasil, com presidencialismo de coalizão, custa demais. Pequenos partidos, alguns deles com menos de 1% do voto popular, negociam e recebem algo em troca do apoio, como ministérios ou gastos no orçamento federal. “Diminuir o número de partidos para uma quantidade mais negociável diminuiria o custo de ter uma maioria no Congresso. É um bom momento para o Brasil refletir sobre isso”, conclui. Assista aqui à entrevista completa.

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